terça-feira, março 13, 2007

terno esgar de dor.
estripado de horror, caminhas ofegante…
o uivo paira adiante,
até à morte é só um instante.

nocturno leito…
o Lobo fareja a despeito.

horrível pedra de cru brutal.
gélido corpo esvaído,
podre gemido e olhar vazio…

estás morto e satisfeito,
o lobo devora o teu peito

(mefh9+p8)

6 comentários:

Corruptor disse...

Todos os direitos (e tortos) reservados! Merda

Ornlok disse...

Ah poeta! Andas inspirado! Antes inspirado que expirado...

Anónimo disse...

Neste caso o poeta não é um ser fingidor.

Maria Strüder disse...

Dizem que a paixão o conheceu

dizem que a paixão o conheceu
mas hoje vive escondido nuns óculos escuros
senta-se no estremecer da noite enumera
o que lhe sobejou do adolescente rosto
turvo pela ligeira náusea da velhice

conhece a solidão de quem permanece acordado
quase sempre estendido ao lado do sono
pressente o suave esvoaçar da idade
ergue-se para o espelho
que lhe devolve um sorriso tamanho do medo

dizem que vive na transparência do sonho
à beira-mar envelheceu vagarosamente
sem que nenhuma ternura nenhuma alegria
nunhum ofício cantante
o tenha convencido a permanecer entre os vivos

Al Berto.


É um presentinho da Maria como vocês andam com queda para a escrita.

Ornlok disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
M_Quetzal disse...

ta mt fixe
parabens a quem o escreveu