Aço! Infindáveis florestas de sucata
Nevoeiros industriais e lamas ácidas
Ventos de pedra… tempestades de morte
Rios defuntos e poças de peste
Coisas que se arrastam… grunhidos, urros, dor, castigo
Osso partido, corpo esvaído
A lua diabólica sangra a sua raiva
O louco uiva deleitado- para os poços, para os poços!
Já aquecem as fornalhas
O Planeta-Tumulo exige o sacrifício
E faminto devora toda a sua criação.
O vazio. O silêncio. Finalmente em paz.
Nevoeiros industriais e lamas ácidas
Ventos de pedra… tempestades de morte
Rios defuntos e poças de peste
Coisas que se arrastam… grunhidos, urros, dor, castigo
Osso partido, corpo esvaído
A lua diabólica sangra a sua raiva
O louco uiva deleitado- para os poços, para os poços!
Já aquecem as fornalhas
O Planeta-Tumulo exige o sacrifício
E faminto devora toda a sua criação.
O vazio. O silêncio. Finalmente em paz.
6 comentários:
E pelo que me apercebo ainda não tens muita razão de queixa visto que Alhadas ainda vai tendo espaços verdes onde dá para dar umas escapadelas. O sítio onde vivo é completamente urbanizado, monstros de betão sem uma única árvore por perto. Triste.
Nada me expira já, nada me vive
Nem a tristeza nem as horas belas.
De as não ter e de nunca vir a tê-las,
Fartam-me até as coisas que não tive.
Como eu quisera, enfim de alma esquecida,
Dormir em paz num leito de hospital...
Cansei dentro de mim, cansei a vida
De tanto a divagar em luz irreal.
Outrora imaginei escalar os céus
À força de ambição e nostalgia,
E doente-de-Novo, fui-me Deus
No grande rastro fulvo que me ardia.
Parti. Mas logo regressei à dor,
Pois tudo me ruiu... Tudo era igual:
A quimera, cingida, era real,
A própria maravilha tinha cor!
Ecoando-me em silêncio, a noite escura
Baixou-me assim na queda sem remédio;
Eu próprio me traguei na profundura,
Me sequei todo, endureci de tédio.
E só me resta hoje uma alegria:
É que, de tão iguais e tão vazios,
Os instantes me esvoam dia a dia
Cada vez mais velozes, mais esguios...
Mário de Sá Carneiro
Já me estava a esquecer do essencial...
Gostei muito do texto, macabro e profundo tal como gosto. Bom, muito bom.
Essa imagem é tripante, até tenho vontade de ir cantar e dançar no meio desses destroços com uma garrafa de vinho numa mão e um cigarro de plutónio na outra. De resto, subscrevo as palavras da struder que decidiu fazer da critica seu apanágio
O texto não tinha pretensões ecológicas (nem nenhumas em especial), no entanto parece-me que pode ser visto também desse ponto de vista.
Blablabla, não percebo o porque é que essa strudel tem de estragar sempre a atmosfera com poesia de salão.
Esse texto é teu não é bandirx? Curtia usar essa cena (talvez traduzida para inglês) se nos deres permissão...
forza fornos e peste babilónica. na< box max......
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